As respostas definem enquanto que as perguntas sugerem. As respostas fecham-nos enquanto as perguntas convidam-nos a ir mais além, a ir mais longe. As perguntas são frescura, como as manhas cheias de sol e cheias de intensidade...
O próprio Jesus educa à fé através de perguntas, muito mais do que com palavras assertivas. Os 4 evangelistas oferecem-nos 37 parábolas e referem mais de 220 perguntas feitas a Jesus, aos discípulos, aos doentes, aos estrangeiros e aos amigos. E as perguntas que trazemos dentro do nosso coração, as dúvidas abrem-nos para a novidade, para a dimensão da surpresa; as perguntas são um dom que ninguém espera, uma força para a nossa caminhada, uma força que nos obriga a transformar.
Alimentamo-nos com uma ração quotidiana de interrogações, de perguntas, que são pão para o coração, para o espirito, que são maná/alimento para a nossa caminhada, porque temos que questionar, temos que perguntar qual o sentido das coisas, das palavras, do que fazemos, para que a nossa vida possa crescer e ser mais profunda.
Mas ao mesmo tempo não devemos ter pressa em responder às perguntas inquietantes que trazemos dentro de nós, mas devemos ‘viver bem cada pergunta’, porque são as perguntas que fazemos à nossa vida, à nossa história que nos levam mais longe, que nos ajudam a olhar mais profundamente para aquilo que somos, para aquilo que é verdadeiramente essencial.
Comentarios