Em cada natal lembro-me sempre desta história que partilho convosco:
«Era uma vez um homem piedoso que, na sua oração, pediu que Deus viesse visitá-lo a casa.
No dia combinado para a visita, o homem colocou-se à soleira da sua porta, à espera de Deus.
Logo pela manhã, apareceu um miúdo que tentou, pela janela, roubar-lhe da mesa uma maçã, mas ele mandou-o embora.
A meio do dia, veio um mendigo, mas ele explicou que estava à espera de um visitante muito reconhecido na sociedade.
Pela tarde, um viajante pediu-lhe hospitalidade, que ele negou, porque estava à espera de Deus. Mas Deus não veio.
Na sua oração, o homem protestou com Deus. E Deus respondeu-lhe: "Por três vezes tentei entrar em tua casa, mas em todas elas tu mesmo me impediste.”
O Natal é uma festa de acolhimento, é uma festa sentida, participada, capaz de aquecer os corações mais frios, de remover as barreiras da indiferença para com o próximo, de encorajar a abertura ao outro e a tornar-nos dom gratuito. Celebrar o Natal é ter consciência de que continuamos a ser luz, a ser força e estímulo para todos.
Fica este desafio para este tempo de natal: simplicidade e humildade, procurar uma vida doada e partilhada para o bem de muitos e para com aqueles que estão, hoje e sempre, ao nosso lado. Que este tempo de natal seja vivido no amor uns para com os outros!
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